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Urticária




O que é Urticária?

A urticária é uma irritação da pele definida pela presença de urticas e/ou angioedema e que apresentam grande impacto na qualidade de vida das pessoas afetadas.

As urticas são lesões avermelhadas e levemente inchadas, como vergões, que aparecem na pele e coçam muito.

Essas lesões podem surgir em qualquer área do corpo, podem ser pequenas, isoladas ou se juntarem para formar grandes placas avermelhadas, com desenhos e formas variadas, sempre acompanhadas de coceira.

Aparecem em surtos, podendo surgir em qualquer período do dia ou da noite, podendo durar minutos ou até 48h. Pode surgir em um surto agudo, limitado no tempo, ou de forma repetitiva e crônica, desaparecendo sem deixar marcas na pele.

O angioedema é caracterizado por edema da derme profunda e subcutâneo, que frequentemente envolve mucosas; ocasionalmente apresenta mais dor que coceira; e possui resolução mais lenta que a urtica, geralmente em torno de 72h.

Tipos de urticária

De acordo com o tempo de duração, a urticária pode ser:

  • Urticária aguda: quando os sinais e sintomas desaparecem em menos de seis semanas.
  • Urticária crônica: quando os sintomas duram por seis semanas ou mais.

De acordo com a causa, a urticária é classificada em:

  • Urticária induzida: quando um fator é identificado, como drogas, alimentos, infecções, estímulos físicos (calor, frio, sol, água, pressão).
  • Urticária espontânea: quando a doença ocorre sem uma causa identificada, também chamada de urticária idiopática.
Sintomas

O sintoma mais comum é a coceira (também chamada de prurido), mas as lesões podem provocar a sensação de ardor ou queimação.

A coceira causada pela urticária costuma ser muito intensa e atrapalha a vida dos pacientes, prejudicando suas atividades em diversos aspectos, como o trabalho e o sono.

Os sinais e os sintomas da urticária podem reaparecer a qualquer momento, durante horas, dias ou meses. Pode ocorrer inchaço rápido, intenso e localizado, que atinge normalmente pálpebras, lábios, língua e garganta. Este inchaço é chamado de angioedema e, algumas vezes, dificulta a respiração, constituindo risco de vida. As lesões de angioedema podem durar mais de 24 horas.

Também existe uma complicação chamada anafilaxia, na qual a reação envolve todo o corpo, causando náuseas, vômitos, queda da pressão arterial e edema de glote (garganta) com dificuldade para respirar. Esses casos são graves e precisam de atendimento de emergência.

O diagnóstico da urticária e do angioedema são feitos principalmente pela história detalhada da doença e pelos sinais e sintomas que o paciente apresenta. Alguns exames laboratoriais, como os de sangue, de fezes e de urina, são solicitados para tentar identificar a causa da urticária ou encontrar doenças associadas.

Quando a etiologia não é encontrada, o diagnóstico é de urticária idiopática. A biópsia da pele pode ser realizada em casos de difícil controle ou para diferenciar de outras doenças da pele.

Diagnóstico

O diagnóstico baseia-se em uma história clínica detalhada, buscando avaliar duração das lesões, relação com a ingestão de alimentos e outros fatores precipitantes e possíveis sintomas associados. Exames de sangue e testes alérgicos podem ser necessários.

Tratamentos

O tratamento da urticária é considerado eficaz quando o paciente fica completamente livre dos sinais e sintomas da doença. Para isso, o primeiro passo é determinar o tipo de urticária (crônica ou aguda / espontânea ou induzida).

No caso das agudas e induzidas, o ideal é afastar a causa quando possível.

Além do tratamento específico, a dieta alimentar costuma ajudar na melhora mais rapidamente, evitando o reaparecimento das lesões.

Nos casos de urticária crônica espontânea, aproximadamente 25% a 33% dos pacientes não respondem ao tratamento com antialérgicos, mesmo em doses aumentadas. Nesses casos, são avaliadas outras opções de tratamento mais modernas já disponíveis no Brasil.

O tratamento da urticária deve sempre ser indicado pelo médico alergista, após estudo detalhado de cada caso. A automedicação pode prejudicar, e muito, o tratamento e o controle da doença.

Os quadros de urticária aguda e crônica devem ser tratados com antialérgicos orais.

Os quadros crônicos devem ser individualizados, buscando controlar e melhorar a qualidade de vida. O ideal é o uso de antialérgicos não sedantes, podendo chegar em doses até mesmo quadruplicadas.

Quadros refratários e mais graves, podem necessitar de medicamento imunobiológico de alto custo como o Omalizumabe, e em caso de não haver resposta ao tratamento, até mesmo utilizar medicamentos imunossupressores.

Prevenção

Mesmo sem se descobrir a causa, a urticária pode ser controlada em mais da metade dos casos entre seis meses até um ano.

A melhor forma de evitá-la é a pessoa se afastar, quando possível, daquilo que lhe provoque alergia. Assim, o principal passo é descobrir quais são esses “gatilhos”.

Também é indicado evitar calor, bebidas alcoólicas e estresse, pois são fatores que pioram a irritação.

A dieta alimentar costuma ajudar a melhorar o problema mais rapidamente, dificultando o reaparecimento das lesões durante o tratamento.

O paciente deve evitar:

  • Corantes,
  • Conservantes,
  • Embutidos [frios, salsicha etc.],
  • Enlatados,
  • Peixes e frutos do mar,
  • Chocolate,
  • Ovo,
  • Refrigerantes e
  • Sucos artificiais.

Para um tratamento adequado, agende sua consulta aqui.